terça-feira, 27 de novembro de 2012

É um caminho sem volta.

Como a correntinha de ouro que eu perdi na praia. Como os brinquedos guardados por guardar, sem pretexto. A gente cresce e nunca mais brinca. Por mais que eu tenha guardado aquela única boneca, a bola de praia do verão de 96, a caixa cheia de bloquinhos de lego, a aliança do primeiro flerte na adolescência. Tudo acaba morrendo nas caixas, entre as incorrigíveis paredes que separavam a reminiscência.

E nem importa o quão grandiosas tenham sido. O tempo não volta, e raramente a gente volta pra memorar as lembranças do tempo.

Sabe o que aconteceu, amor? O calor que fazia no seu quarto no verão andou deformando a beleza do nosso império. Não bastasse o tempo, tão antagônico e indigesto.

Superamos fases, dores, amores. Superamos esse momento. E a mais dura de todas as verdades é que superamos pessoas. E elas, irredutíveis, nos superam também.

Um comentário:

  1. sei que vc nao escreve pra mim, mas, faço uso do que vc sempre gostou de me falar
    "sem o amargo o doce nao seria tao doce"
    é......

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