Como a correntinha de ouro que eu perdi na praia. Como os
brinquedos guardados por guardar, sem pretexto. A gente cresce e nunca mais
brinca. Por mais que eu tenha guardado aquela única boneca, a bola de praia do verão de 96, a caixa
cheia de bloquinhos de lego, a aliança do primeiro flerte na adolescência. Tudo acaba morrendo nas caixas, entre as incorrigíveis paredes que separavam a reminiscência.
E nem importa o quão grandiosas tenham sido. O tempo não
volta, e raramente a gente volta pra memorar as lembranças do tempo.
Sabe o que aconteceu, amor? O calor que fazia no seu quarto no verão andou deformando a
beleza do nosso império. Não bastasse o tempo, tão antagônico e indigesto.
Superamos fases, dores, amores. Superamos esse momento. E a mais dura de todas as
verdades é que superamos pessoas. E elas, irredutíveis, nos superam também.
sei que vc nao escreve pra mim, mas, faço uso do que vc sempre gostou de me falar
ResponderExcluir"sem o amargo o doce nao seria tao doce"
é......