Vem cá, volta aqui.
Dessa vez, só mais essa vez, deixa eu te acarinhar. Guarda essa pressa toda pra
depois, não se preocupe com o desperdício. Esquece sem querer a
carteira e celular.
Chegue bem leve no conforto,
calça e camisa de tecido. Esse é o dia mais bonito da minha vida, é relaxante e
despretensioso. Vem, mas vem sem objeção.
E se for vir mesmo, não traga mochila.
Eu estou esperando por você.
Aconchego. Gole de água, cabelo trançado, edredom macio, música e uns filmes
que separei. Ah, e as janelas estão abertas. Todas abertas. Espreguiça e sente
o ar que vem lá de fora. O inverno é todo tão bonito quanto veraneio.
Meu coração tem pressa, parece
que vai chover forte mais tarde, que delícia.
Mas não se apresse. Curta a paisagem. Tire uma
foto, conheça e troque uma ideia com o vizinho. O portão está entreaberto pra
você.
O pitbull mal acordou e já te ama. Olha fixamente, não entende direito suas cores tão bonitas. Mas te ama. Você trouxe paz, trouxe um perfume gostoso e parece que mais tarde, vai acabar trazendo uns biscoitos pra ele também.
Aproveita e guarda esse copo a mais que você pegou. Divido esse aqui com você.
O pitbull mal acordou e já te ama. Olha fixamente, não entende direito suas cores tão bonitas. Mas te ama. Você trouxe paz, trouxe um perfume gostoso e parece que mais tarde, vai acabar trazendo uns biscoitos pra ele também.
Aproveita e guarda esse copo a mais que você pegou. Divido esse aqui com você.
Estou suave. Toma só um gole
dessa água. Abre uma cerveja pra gente conversar. Prova o suco de melancia bem
docinho que eu te preparei. E se não puder ficar até
amanhã, não faz mal. As portas estão sempre abertas. Para vir e para voltar.
Mas se ficar, pega o travesseiro e encosta a cabeça no sofá. Estica os braços e pernas, com muita vontade. Mira o encontro das paredes, o teto, a figura que o lustre projeta no chão. Desenhos e vidas, tatuadas em histórias incríveis. Vê como tudo é tão parecido e tão diferente. Mas vê só o essencial, deixe a consciência breve. As preocupações que vão sumindo. Troque a maldade, se houver, pela malícia de me querer. Apeteça quanto puder.
Uma névoa amena cobre você, lentamente. Eu acendo incensos suaves pela casa, uma legião de vagalumes. Apaga a luz? Acende o abajur. Deixa o tantra te absorver. Eu não tenho pressa. Faz frio lá fora, mas há cores de todas as formas. Aqui dentro.
Meu coração é o lugar onde eu quero que você chegue. Então venha de mansinho.
Pulse seu
instinto, repercuta novas ideias. O ritmo dos tambores vai crescendo. Atinge
células sensoriais na minha pele. E tudo
mais que segue. Analogia exata entre percussão e percurso.
A música vai crescendo, escuta que construção maravilhosa. A respiração aumenta, é como uma maratona ao redor da praia. A gente compete, se encara, joga aquela malícia boa dos olhos, pura, instintiva. Estamos correndo pra vencer. E vencemos porque chegamos em paz.
A música vai crescendo, escuta que construção maravilhosa. A respiração aumenta, é como uma maratona ao redor da praia. A gente compete, se encara, joga aquela malícia boa dos olhos, pura, instintiva. Estamos correndo pra vencer. E vencemos porque chegamos em paz.
Tudo é prazer. Dádiva de estar no lugar certo. Progresso e experiências incríveis, loucura e consciência que se balanceiam.
Já é hora, que delícia de balanço. Malemolência. A dança e toda a expressividade do movimento. Uma sequência deles, é um filme em película. Não há tecnologia que possa com a força dessa conversa. O que sustenta toda essa... Energia. É essa.
Inspira. Mimetismo entre a aurora e o raio do sol. Expira. Os olhos abrindo depois da cochilada gostosa no colo. Devagarinho. O prazer intenso. Constante. Quase espiritual. Eu fico paralisada nos seus olhos, só absorvendo.
Sem dúvida,
Eu
te quero tanto bem, todo o bem que eu desejo pra você. Dessa vez, só mais essa vez, fecha
os olhos. De mansinho. Deixa
eu te fazer carinho.
Deixa eu te acarinhar.
Deixa eu te acarinhar.